Princípio de individuação e infinito em Tomás de Aquino e Leibniz
Palabras clave:
Tomás de Aquino, Leibniz, principio de individuación, infinitoResumen
É bastante conhecido o fato que Leibniz é um dos poucos e mais famosos modernos a defender a escolástica, no parágrafo 9 de seu Discurso de metafísica, por exemplo, ele menciona a apropriação que sua filosofia fará do conceito tomista de specie infima; trata-se de noção fundamental para compreender sua restauração do conceito de substância, sua nova maneira de compreender o espinhoso problema do princípio de individuação e sua saída para o labirinto da liberdade versus onisciência divina. Nesse sentido, certamente valeria a pena se perguntar onde a filosofia leibniziana se separa da tomista e marcar a cisão entre o pensamento escolástico medieval e o pensamento moderno. Do nosso ponto de vista é justamente a compreensão da noção de infinito que pode definir os termos mais importantes dessa cisão. Pretendemos corroborar a hipótese interpretativa que o conceito leibniziano de deus, fortemente influenciado pela escolástica, tem por consequência a elaboração de uma modalidade bastante específica de conhecimento prévio, porém total, da natureza dos agentes singulares e livres independente de quão infinito ele seja ou de quão infinitas sejam as relações que ele envolve; o que, entretanto, contraria a noção escolástica –ao menos a de Tomás– de conhecimento possível do infinito.