Reformas da Igreja em contraposição

o pombalismo luso e o ultramontanismo brasileiro (séculos XVIII e XIX)

Autores

  • Ítalo Domingos Santirocchi Universidade Federal do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.53439/revitin.2015.01.04

Palavras-chave:

Reforma eclesiástica, Pombal, Ultramontanismo

Resumo

Neste artigo pretende-se apresentar os principais aspectos de duas reformas da Igreja Católica realizadas sob um Estado Confessional. A primeira é a reforma implantada pelo Marquês de Pombal, no Império Português no século XVIII, e a segunda é a reforma ultramontana, que ocorre no Brasil principalmente durante o reinado de D. Pedro II (1840-1889), conhecido como Segundo Reinado. As duas reformas foram possíveis graças ao regime de padroado e as dificuldades do Estado moderno, português e brasileiro, de se centralizarem e se fortalecerem conservando a união com a Igreja. Uma é regalista e jansenista, a outra é curialista e ultramontana, mas as duas foram favorecidas pelos governos, mesmo que a segunda tenha acabado por entrar em conflito com aqueles que inicialmente lhe concederam as cadeiras episcopais do Império do Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACCIOLY, Hildebrando Pompeo Pinto (1949). Os primeiros núncios no Brasil. São Paulo, Instituto Progresso Editorial.

ALMEIDA, Cândido Mendes de (1866-1873). Direito Civil Eclesiástico Brasileiro. Rio de Janeiro, Garnier.

ALMEIDA, Fortunato de (1967). História da Igreja em Portugal. Porto, Portucalense Editora.

AZEVEDO, Ferdinand (1984). “Jesuítas espanhóis no Sul do Brasil (18421867)” en Pesquisas, n. 24, São Leopoldo.

AZEVEDO, Ferdinand (1988). “A inesperada trajetória do ultramontanismo no Brasil Império” en Perspectiva Teológica, n. 20, Belo Horizonte, p. 201-218.

AZZI, Riolando (1977). “Catolicismo popular e autoridade eclesiástica na evolução histórica do Brasil” en Religião e Sociedade, n.1, p. 125-149.

AZZI, Riolando (1978). O catolicismo popular no Brasil. Petrópolis, Vozes.

BEAL, Tarcísio & CARDOZO, Manuel da Silveira (1969). Os jesuítas, a Universidade de Coimbra e a Igreja brasileira. Subsídios para a história do regalismo em Portugal e no Brasil 1750-1850. Tese. Ann Arbor, The Catholic University of America.

CARNAXIDE, Antonio de S. P. (1940). O Brasil na administração pombalina; Cia Editora Nacional, São Paulo.

CARRATO, José Ferreira (1968). Igreja, Iluminismo e Escolas Mineiras Coloniais, Cia Editora Nacional, São Paulo.

CASTRO, Zília Osório de (2002). “Antecedentes do Regalismo Pombalino” en Estudos em homenagem a João Francisco Marques. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, p. 321-331.

SALES SOUZA, Evergton (2015). “Igreja e Estado no período pombalino” en FALCON, Francisco e RODRIGUES, Claudia (org.). A “época pombalina” no mundo luso-brasileiro. Rio de Janeiro: Editora FGV, p. 277-306.

FREYRE, Gilberto (1998). Casa Grande & Senzala. 34ª edição. Rio de Janeiro, Record.

KUHNEN, Alceu (2005). As origens da Igreja no Brasil 1500 a 1552. Bauru, Edusc.

LEITE, Serafim (1938-1950). História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro, Instituto Nacional do Livro.

MARTINA, Giacomo (2001). Storia della Chiesa: dal Lutero ai nostri giorni. Brescia, Morcelliana.

MAXWELL, Kenneth (1996). Marquês de Pombal: paradoxo do iluminismo. Rio de Janeiro, Paz e Terra.

MELO, Amarildo José de (2014). Jansenismo no Brasil, traços históricos de uma moral rigorista. Aparecida, Editora Santuário.

NORMAN, P. Tanner (1999). I Concili dela Chiesa. Milão.

RODRIGUES, Claudia (2015). “Intervindo sobre a morte para melhor regular a vida: significados da legislação testamentária no governo pombalino” en FALCON, Francisco e RODRIGUES, Claudia (org.). A “época pombalina” no mundo luso-brasileiro. Rio de Janeiro, Editora FGV, p. 307-346.

SANTIROCCHI, Ítalo D. (2010a). Os ultramontanos no Brasil e o regalismo do Segundo Império (1840-1889). Tese. Roma, UNIGRE.

SANTIROCCHI, Ítalo D. (2010b). “Uma questão de revisão de conceitos: Romanização, Ultramontanismo e Reforma” en Temporalidades, v. 2, p. 24-33

SANTIROCCHI, Ítalo D. (2011). “Afastemos o padre da política. A despolitização do clero brasileiro durante o Segundo Império” en Mneme. Caicó: UFRN, 12(29), p. 187-207.

SANTIROCCHI, Ítalo D. (2012). “Dois poderes em desacordo: o fracasso da Concordata de 1858” en Anais do Simpósio da ABHR, vol. 13.

SANTIROCCHI, Ítalo D. (2013) “A Igreja a e construção do Estado no Brasil imperial” en Anais do XVII Simpósio Nacional da ANPUH. Natal.

SANTIROCCHI, Ítalo D. (2015a) Questão de Consciência: os ultramontanos no Brasil e o regalismo do Segundo Reinado (1840-1889). Belo Horizonte, Fino Traço Editora.

SANTIROCCHI, Ítalo D. (2015b) “Reforma ultramontana no Brasil imperial: questões de (in) tolerância na busca da ortodoxia católica” en MARANHÃO FILHO, Eduardo M. de A.; BRONSZTEIN, Karla R. M. P. P. Gênero e religião: diversidades e (in)tolerância nas mídias, vol. II. Recife, Edições ABHR, p. 99-116.

SANTIROCCHI, Ítalo D. (2015c) “Estratégias da Santa Sé para resgatar sua autoridade no Brasil durante o Segundo Reinado”. PORTELA, Camila da Silva et all. Leituras sobre religião: cultura, política e identidade. São Luís, EDUFMA.

SANTOS, Cândido dos (2004). “Matrizes do Iluminismo católico da época Pombalina” en Estudos em Homenagem a Luís Antônio de Oliveira Ramos. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 949-956.

SANTOS, José Augusto dos (1971). Liberalismo eclesiástico e regalista no Brasil sob o pontificado de Gregório XVI. Tese. Roma, UNIGRE.

SCHATZ, Klaus (1995). Storia della Chiesa. Brescia: Editrice Queriniana.

SILVA, Inocêncio Francisco da (1858-1923). Dicionário Bibliográfico Português 1858-1914. Lisboa, Imprensa Nacional.

SILVA, José Seabra da (1768). Dedução Cronológica e analítica. Lisboa, Oficina de Miguel Menescal da Costa.

SOUZA, Françoise Jean de Oliveira (2010). Do Altar a Tribuna. Os padres na formação do Estado Nacional brasileiro (1823-1841). Tese. Rio de Janeiro, UERJ.

SOUZA, Laura de Mello (2009). O diabo e a Terra de Santa Cruz: Feitiçaria e religiosidade popular no Brasil Colonial. São Paulo, Companhia das Letras.

VALADARES, Virginia Maria Trindade (2004). Elites Mineiras Setecentistas: conjunção de dois mundos. Lisboa, Edições Colibri.

VIDE, D. Sebastião Monteiro da (1853). Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. São Paulo, Tip. 2 de Dezembro.

VIEIRA, David Gueiros (1980). O protestantismo a maçonaria e a questão religiosa no Brasil. 2ª ed. Brasília, Editora Universidade de Brasília.

VIEIRA, Dilermando Ramos (2007). O processo de Reforma e reorganização da Igreja no Brasil (1844-1926). Aparecida, Editora Santuário.

WERNET, Augustin (1987). A Igreja Paulista no século XIX. A reforma de D. Antônio Joaquim de Melo (1851 – 1861). São Paulo, Ática.

Publicado

13-09-2018

Como Citar

Santirocchi, Ítalo D. (2018). Reformas da Igreja em contraposição: o pombalismo luso e o ultramontanismo brasileiro (séculos XVIII e XIX). Itinerantes. Revista De Historia Y Religión, 65–90. https://doi.org/10.53439/revitin.2015.01.04

Edição

Seção

Dossier